As indústrias do vestuário foram fortemente atingidas por uma concorrência desleal de produtos importados, notadamente chineses e indianos.
Alheios a este problema, os grandes centros produtores e distribuidores de roupas, calçados e acessórios desenvolveram nos últimos anos uma notável estrutura de parque industrial, comércio e logística.
O trabalho de incontáveis sacoleiras que veem aos grandes centros e abastecem suas cidades, neste país todo com esses produtos, são realmente importantes na estruturação deste setor. Elas definem os artigos que são adquiridos e distribuidos, e estão um passo além da simples busca de preço. A qualidade importa.
Quando encontraram dificuldades de exportar em função de concorrência predatória, a indústria se voltou para o mercado interno , em ascenção, e colheu os frutos.
A próxima etapa é a aquisição de bens de capital, maquinas e ferramentas para a preparação de uma incursão nas exportações, através de produtividade e redução de custos.
A indústria tem que se tornar competitiva, já que é muito criativa.
O momento é propício para estas aquisições tendo em vista o câmbio favorável. Este ambiênte tem data de validade. Pode mudar muito facilmente se uma conjunção de fatores for desencadeada para a recuperação da economia americana, o que deve se dar após as eleições daquele país.
A proliferação de disigners de roupas , calçados , acessórios e estilistas dá a dimensão da potencialidade deste setor.
O sucesso internacional da São Paulo Fashion Wick e outras feiras também são um sinal de pujança.
A variedade de artigos à disposição do consumidor é gigantesca, só ocorrendo em mercados considerados desenvolvidos. As mais variadas coleções para todas as idades , gostos e bolsos, faz deste seguimento uma promessa.
Indústrias texteis, de calçados, confecções e produtores de fibras, entre outros produtos secundários não se deixaram abater pelo imediatismo do comércio, que sangrou o segmento em busca do lucro fácil, despejando uma infinidade de artigos importados de qualidade duvidosa e de formação de preços com forte prejuízo social, tendo em vista os aviltantes salários pagos pela produção na China e o desemprego local.
Há um imenso mercado, ainda inerte, de pessoas que começam a ingressar na economia de modo mais intenso. O consumidor interno começa a ver a diferença entre o joio e o trigo, assim como a entender a dinâmica dos empregos e quem sabe, prestigiar os produtos nacionais, que geram empregos aqui, que fomentam nossa economia e trazem benefícios mais duradouros.
Luis Stefano Grigolin